O óleo de côco traz uma infinidade de benefícios que incluem, mas não estão limitados a, saúde da pele, cuidados com o cabelo, melhoria da digestão e a imunidade contra uma série de infecções e doenças.
Usado extensivamente em países tropicais, especialmente na Índia, Sri Lanka, Tailândia e Filipinas, que têm uma boa produção de côco, o óleo também foi popular nos países ocidentais como os Estados Unidos e Canadá, mas foi vítima de uma forte campanha de propaganda na década de 1970, espalhada pela indústria do óleo de milho e de soja contra o óleo de côco.
A partir daí, o óleo de côco foi considerado prejudicial para o corpo humano devido ao seu alto teor de gordura saturada.
Porém, na década passada (anos 2000), os cientistas começaram a questionar as reivindicações da dita propaganda.
Vamos então ver em maior detalhe, como interage o óleo de coco com o nosso organismo.
Em primeiro lugar, saiba que mais de 90% do óleo de côco é composto por gorduras saturadas (não entre já em pânico! Este facto não é tão mau como parece - leia este texto até ao fim e a poderá mudar de opinião), juntamente com traços de alguns ácidos gordos insaturados, tais como ácidos gordos mono-insaturados e ácidos gordos poli-insaturados e glicerol, muito importante para o organismo, pois com ele o corpo produz ácidos gordos saturados e insaturados de acordo com suas necessidades..
A maioria deles são triglicéridos de cadeia média, que são bem assimilados pelo nosso corpo.
O principal é o ácido láurico, que representa mais de 40% do total, seguido pelos ácido cáprico, ácido caprílico, ácido mirístico e palmítico.
O ácido láurico, que também é um componente importante do leite materno humano, ajuda no fortalecimento imunológico do bebê.
Pesquisas cientificas demonstram que o ácido láurico possui a capacidade de incrementar o sistema imunológico pela libertação de uma substância chamada interleucina 2, que faz a medula óssea fabricar mais glóbulos brancos (determinantes na defesa do nosso organismo e óptimo para quem sofre de imunidade baixa como pessoas com SIDA ou Cancro).
Além disso, os óleos láuricos agem como anti-inflamatórios pela inibição da síntese local de prostaglandinas (PGE2) e interleucina 6 que são substâncias pró-inflamatórias presentes em quadros reumáticos, artrites e inflamações musculares.
Quando o ácido láurico chega aos nossos intestinos é desdobrado pela enzima lípase transformando-se em monolaurina.
A monolaurina, por sua vez, é absorvida pelos intestinos e entra na corrente sanguínea.
Esta substância, cujo precursor é o ácido láurico, é capaz de solubilizar os lípidos contidos no invólucro dos vírus, destruindo a sua membrana e causando a destruição desses mesmos virus, ao mesmo tempo que torna inativas bactérias, leveduras e fungos.
Ou seja, o ácido láurico tem uma potencial atividade antiviral e anti-bacteriana que se manifesta contra vírus perigosos como Epstein-Barr, causador da mononucleose e bactérias como a Helicobacter pylori, principal causa do cancro do estômago.
A sua ação bacteriana, consegue proteger o intestino, equilibrando a flora intestinal. Dessa forma, previne e combate tanto a prisão de ventre quanto a diarreia
De fácil absorção, os óleos láuricos (que contêm ácido láurico) não necessitam de enzimas para sua digestão e metabolismo.
O fígado, transforma-os rapidamente em energia, gerando calor e queimando calorias, o que leva à perda de peso.
De facto, por esse motivo, o uso destes óleos têm se tornado famoso em dietas de emagrecimento, dado serem o único tipo de gordura que ao ser metabolizada pelo corpo, não é armazenada sob a forma de tecido adiposo.
O óleo de côco pode ser usado na culinária em substituição das gorduras tradicionalmente empregadas na cozinha o que, progressivamente, leva à redução dos depósitos de gordura localizada no corpo, estimulando o emagrecimento natural e redução de problemas como a celulite.
Alguns estudos conduziram à conclusão que os óleos láuricos estimulam a função da glândula tiróide.
Ora, o bom funcionamento desta glândula, faz com que o colesterol mau (LDL) produza hormonas que reduzem a velocidade de envelhecimento do corpo como o DHEA, pregnenolona e a progesterona. Estas hormonas reduzem os sintomas associados à menopausa e a tensão pré-menstrual na mulher, problemas cardiovasculares e obesidade, por exemplo.
Ao contrário do que se pensava, estudos científicos recentes demonstraram que os óleos láuricos não aumentam os níveis de colesterol, mas antes pelo contrário - eles estimulam os níveis do colesterol bom (HDL) no sangue.
Óleos láuricos também ajudam a diminuir a compulsão alimentar por hidratos de carbono (açúcar, doces, biscoitos, etc) dado não estimularem a liberação de insulina - enquanto que a maioria dos óleos poli-insaturados dificultam a entrada da insulina e nutrientes para dentro das células, deixando-as literalmente “famintas”, a gordura de coco “abre as suas membranas celulares”, permitindo não só que os níveis de glicose e insulina se normalizem, mas também melhorando a sua nutrição e restabelecendo os níveis normais de energia.
O óleo de côco possui um óptimo desempenho na cozinha uma vez que é muito estável quando sujeito a altas temperaturas.
Na nossa opinião, na cozinha não há nenhuma gordura melhor - diminui o colesterol mau (LDL), ajuda a manter o peso, potencia a imunidade e protege contra doenças cardiovasculares.
O ácido láurico é a causa pela qual este óleo endurece a temperaturas inferiores a 23º C. Em dias frios, para fazer a gordura voltar ao estado líquido, basta deixar a embalagem do óleo junto à janela para apanhar o sol da manhã ou aquecer em banho maria.
Já o ácido cáprico reage com certas enzimas segregadas por outras bactérias, convertendo-o num poderoso agente anti-microbiano- monocaprin.
Os ácidos caprílico, capróico e mirístico são ricos em propriedades antimicrobianas e antifúngicas
O uso deste óleo como veículo utilizado em massagens, ou em bases de cremes é uma excelente alternativa que apresenta as seguintes vantagens:
1. Não rançar facilmente, ter grande durabilidade.
2. Penetrar com extrema rapidez pelos poros da pele, facilitando a entrada de óleos essenciais e outros princípios bioativos.
3. Ao penetrar no corpo agir como imunomodulador, contribuído assim para o fortalecimento da imunidade e equilíbrio de quadros inflamatórios.
Rico em vitamina E, o óleo de coco também reduz a produção de radicais livres.